Confira o que diz o FMI sobre a crise econômica brasileira:
Segundo o FMI, com o fim da crise política, o Brasil pode voltar a crescer timidamente em 2017 ou, talvez nem cresça, a estimativa é de algo em torno de 0%. De qualquer maneira, se não ocorrer nenhuma outra tragédia no meio do caminho, isso seria um claro indício de que a crise teria passado, e a retomada da economia no azul se daria a partir de 2018.
Segundo Oya Celasun, chefe da divisão de Estudos Mundiais do FMI, a maior crise da história do Brasil está ocorrendo por vários fatores:
“A recessão brasileira vem de uma confluência de fatores. Primeiro veio a queda nos preços das commodities, o que significa queda de receita para o Brasil. Houve um ajuste, com atraso, nos preços administrados, que pesaram na demanda. A confiança fraca, que vem da necessidade de um ajuste fiscal, e atrasos na articulação e implementação de um plano para isso. A incerteza política é parte deste mix, afetando a confiança, e ainda podemos acrescentar, o apertado das atuais condições financeiras como fator adicional de pressão”.
O que diz o IPEA sobre a atual crise econômica do Brasil:
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o Brasil já apresenta atualmente, sinais de que o início da recuperação brasileira está bem próximo, esses sinais são percebidos principalmente na indústria nacional. A desvalorização do real ante o dólar está beneficiando setores exportadores, com destaque para os setores têxtil, madeireiro e de calçados.
Já os setores de comércio e serviços, diferentemente da indústria, ainda não sentiram qualquer alívio na crise econômica:
“Os serviços tendem a levar um tempo maior para se recuperar porque depende muito da renda dos consumidores e essa renda vai demorar a se recuperar por conta da questão do emprego“, disse José Ronaldo Souza Júnior, coordenador do Grupo de Conjuntura do IPEA.
A renda em baixa, o aumento dos índices de desemprego, tudo isso têm prejudicado severamente a recuperação da demanda doméstica por bens e serviços. “A gente vê um longo caminho [para a recuperação da economia], porque a gente olha para os indicadores de confiança, principalmente dos consumidores, e vê que eles ainda estão muito pessimistas“, afirmou o pesquisador.
Conclusões sobre a crise econômica:
Segundo as projeções acima, e outras que existem no mercado financeiro com mais ou menos as mesmas expectativas, é de que a fotografia para a macroeconomia brasileira no médio prazo seja essa: de um 2017 melhor que 2016, onde haverá uma retomada, um momento de virada, de virar a chave, passando do vermelho para o azul; de um 2018 com crescimento fraco no geral, com indústria mais aquecida, e comércio e serviços melhorando timidamente, e talvez um último trimestre já bem melhor; com esperanças de um 2019 com crescimento mais parecido com o resto do mundo, que diga-se de passagem, também está devagar, com média em torno de 3%, e sem perspectiva para chegar aos 4%.
Portanto, tudo indica que o pior já passou, as empresas e os cidadãos em geral, devem nesse momento, se organizar e se planejar para novos tempos, novos desafios e oportunidades. Que essa terrível crise sirva de lição para o Brasil, sem investimentos reais nos alicerces básicos como infraestrutura e educação, nenhum país consegue romper a barreira do subdesenvolvimento.
Por:
Edson Luiz Pocahi – Escritor, Jornalista, Filósofo, Empreendedor Digital, Consultor de Negócios
E-mail: [email protected]